A mídia toda tem falado muito dos acidentes nas usinas nucleares do Japão, e muitas perguntas ficam no ar por falta de informação científica, então acabei recebendo um vídeo da
www.periodicvideos.com, o mesmo que já tinha comentado aqui sobre a tabela periódica em vídeos, e que explica de maneira científica o que deve estar acontecendo nos reatores japoneses, em inglês Britânico e técnico, mas quem ainda não chegou no estagio de dominação a ponto de ser fluente na língua do império, vou explicar com minhas palavras os tópicos importantes.
Prof Martyn Poliakoff, Adorei sua gravata
Em um reator nuclear de uso civil ocorre a Fissão de átomos de Urânio particularmente o seu isótopo o U235, que atingido por um nêutron se divide em dois e mais um monte de partículas inclusive mais nêutrons. A soma da massa dos novos elementos criados dos nêutrons livres e a das partículas também, e um pouco menor que a massa original do átomo de U235, então a diferença de massa foi convertida em energia naquela velha conhecida equação e=mc2 do linguarudo do Einstein.
O(s) nêutrons criados na fissão atingem outros isótopos que criam mais neutros e e que atingem mais átomos que… Criando assim uma reação em cadeia até explodir como uma bomba atômica, mas um reator nuclear controla o fluxo de nêutrons de forma a só obter a energia necessária para ferver a agua e criar o vapor para gerar a energia elétrica (da mesma forma que uma termoelétrica).
Então como se controla as reações de fissão dentro de um reator? além de a concentração de urânio 235 e ser muito inferior a necessária para a criação de uma bomba, se usam barras de controle que são baixadas dentro do reator. Dentro do reator o urânio é colocado em forma de pastilhas dentro de tubos feito de Zircónio, as barras de combustível, e entre elas orifícios aonde são introduzidos as barras de controle, que são feitas de Boro que tem a propriedade de absorver os nêutrons gerados pela fissão do urânio, com todas as barras de controle baixadas o reator nuclear para.
Então porque com o reator desligado ele tem que continuar sendo refrigerado por alguns tempo, como falamos anteriormente, na fissão do Urânio 235, novos átomos são criados na divisão, e com nêutrons de sobra a maior parte dos átomos são isótopos instáveis, que vão decair também e no processo emitir mais energia. Pode demorar anos para o reator esfriar totalmente, mas o período critico são os primeiros dias, em que a agua do núcleo do reator super aquecido pode reagir com o zircônio das barras de combustível na temperatura de 1500C° se oxidando e liberando o hidrogênio da agua, daí as explosões que você deve ter visto, quando eles liberaram o vapor de agua de dentro dos núcleos o hidrogênio que é inflamável foi junto.
Refrigerar o núcleo com agua do mar é a tentativa final e condena os reatores a virar lixo radioativo, pois o cloro do sal marinho e liberado nas altas temperaturas para enfraquecer ainda mais a estrutura interna do reator.
Porque se obriga a população próxima ao acidente a tomar pílulas de iodato de potássio? Um dos elementos leves criados na fissão de urânio e o isótopo de iodo (I131), que quando decai emite radiação beta (β), a radiação (β−) e uma das menos penetrantes podendo ser isolada por uma a fina chapa de metal, porem absorvida pelo tireóide vai ficar emitindo raios Beta diretamente dentro das células, e as pílulas servem para saturar o organismo de Iodo saudável, fazendo com que o I131 ao ser ingerido/inalado seja eliminado com danos minimizados.
Particularmente espero que tudo se resolva o mais breve e de forma segura pois o Japão não merece uma Prypiat.
Martyn Poliakoff, é professor e pesquisador da Universidade de Nottingham e um pioneiro no campo da química verde.
Procurei também o Dr Gordon Freeman para ele dar umas explicações sobre o acidente, mas ele sempre esta muito ocupado com experiências la em Black Mesa.